O Espectador Fotógrafo
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Cidade Invadida. Foto-montagem, 2006.
Autor(es): Patrícia Franca-Huchet
Resumo: Patricia Franca Huchet é professora do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG e coordena o grupo de pesquisa BE-IT: Bureau de estudos sobre a imagem e o tempo. É membro do corpo permanente do PPG-Artes da EBA/UFMG e do conselho editorial de três revistas de Programas de Pós-Graduação. Tem publicações em livros e revistas especializadas, no Brasil e em outros países. Tem também experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: imagem, fotografia, pintura e literatura.
Saiba mais:
Quem nunca ouviu falar de Fernando Pessoa, considerado o mais universal dos poetas portugueses? Sua importância para a literatura de Portugal é tão grande que se torna muito difícil encontrar alguém que não o conheça. E, se você já ouviu alguma coisa a seu respeito, provavelmente escutou e estranhou quando lhe disseram a palavra “heterônimo”.
“Heterônimo” é o termo usado para designar uma espécie de personalidade, uma máscara atrás da qual o artista se esconde para publicar suas obras. O objetivo desse gesto de criação é compreender e propagar diferentes maneiras de ver a realidade exterior/interior.
Fernando Pessoa, nesse caso, é famoso por ter criado vários heterônimos, dentre os quais os principais são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Cada um deles tem uma personalidade diferente, uma poética particular e uma maneira singular de escrever e sentir o mundo. Enquanto Alberto Caeiro fez uma poesia voltada para a realidade e as sensações, Álvaro de Campos foi o único que manifestou fases poéticas diferentes e ficou conhecido como o verdadeiro alter ego (o outro “eu”) de Fernando Pessoa.
Quem também vem trabalhando com a criação de heterônimos para se expressar artisticamente é a professora e doutora do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes, Patricia Franca Huchet. Ela se apresenta como uma artista da imagem. No início, trabalhava com a pintura e, paralelamente, com a fotografia. Em determinado momento de sua carreira, percebeu que as duas formas artísticas se interligavam e se misturavam no meio do caminho.
Em seu trabalho “O Espectador Fotógrafo”, ela apresenta uma série fotográfica produzida por seu heterônimo Zénon Piéters, um fotógrafo belga, filho de pais livreiros e um pouco melancólico. Zénon gosta de fotografar pinturas em museus, mas não retrata quadros inteiros, apenas algumas de suas partes, por acreditar que é impossível fotografar verdadeiramente uma pintura.
Links com informações correlatas:
Catálogo da mostra no Museu Victor Meirelles:
http://www.eba.ufmg.br/acontece/2011/20110701-MostraPatricia.pdf
Site do CNPQ:
Pílula do Conhecimento - Patrícia Franca-Huchet
Vídeo com a pesquisadora Patrícia Franca-Huchet sobre o projeto O Espectador Fotógrafo.