Inovação na Visibilidade Artística
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Trabalho exposto na Mostra de Fotografia EBA 2013.
Autor(es): Adolfo Cifuentes
Resumo: O projeto “Why Cube”, do professor da Escola de Belas Artes, Adolfo Cifuentes, se baseia na ideia de trazer a arte para o cotidiano do observador, promovendo a visibilidade do trabalho do artista como elemento central que define o próprio ser e fazer da arte. A iniciativa se concretiza por meio da criação e ativação de um lugar para que a arte possa existir, como colocar fotografias nos corredores da Escola de Belas Artes da UFMG.
Saiba mais:
Na pré-história, os seres humanos faziam desenhos nas paredes das cavernas, numa tentativa de imortalizar e se lembrar de seus feitos. Com o tempo, sua função mudou, se adequando ao tipo de sociedade em que ela estava inserida. Durante a Idade Média, o papel social da arte era criar um vínculo entre o povo e a igreja.
A ideia de apreciar arte em museus é recente, vinda do século XIX. Porém, os museus eram ambientes rígidos, controlados por sistemas pré-estabelecidos. A galeria ou “cubo branco”, uma plataforma que se desenvolve como parte do processo de secularização da arte (isto é uma arte que não se realiza mais dentro do sistema da igreja) se desenvolveu em épocas de ascensão econômica, principalmente após a instauração do capitalismo. Porém, muitos artistas criticam a transformação da arte em mercadoria.
Seguindo este pensamento, alguns artistas contemporâneos preferem expor seus trabalhos em espaços públicos, utilizando-se do espaço urbano e os Site Specifics, que são trabalhos realizados for a do museu, feitos para lugares específicos. Outro modo de dar mais abertura à arte é o Why Cube, projeto do professor Adolfo Cifuentes, da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG. O nome é uma referência a white cube, que significa “cubo branco”, criando uma intertextualidade entre a sua iniciativa e a procura de estratégias para a circulação e visibilidade da arte.
O objetivo da pesquisa de Cifuentes é trazer a arte para mais perto do público. Ao colocar fotografias nos corredores e paredes de escolas, acontece uma ligação entre o observador e o produto estético, criando um tipo de vínculo que aproxima a arte, antes distante, ao cotidiano de quem a contempla. Além disso, o espectador passa a fazer parte da totalidade artística, tendo um diálogo com ela. Adolfo defende que o artista precisa criar novas maneiras de mostrar a sua imagem, pois uma dos elementos que definem a arte é o seu caráter público: ele precisa ser mostrado, circular, ser visto. Por definição ele está feito para um espectador. Em todo período da história o fazer arte esteve acompanhada de umas plataformas, lugares e estratégias de realizar essa visibilidade.
Links com informações correlatas (para o site):
Artigo de Adolfo Cifuentes: “Ficções Museográficas - O Cubo Branco como Caixa de Pandora”: http://www.eba.ufmg.br/revistapos/index.php/pos/article/viewFile/57/59
Tese de Adolfo Cifuentes: “Entre a Caixa Preta e o Cubo Branco: o vídeo nos espaços das artes plásticas”: http://www.estrategiasarte.net.br/sites/default/files/teseadolfo_cifuentes.pdf