Os Desdobramentos da Imagem na Memória

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Imagem 3 - Maria do Céu Diel

"Sem Título". 2004. Fotografia, colagem e têmpera.

Autor(es): Maria do Céu Diel

Resumo: Professora do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes da UFMG, Maria do Céu Diel, em sua pesquisa “A Arte da Memória”, busca as relações da memória com a retórica, além de ligá-la à produção de imagens. Ainda, aborda o mito de origem das cópias de dos artefatos artísticos. Para isto pesquisou varios artistas e surpreendeu-se com a obra de Andrea Mantegna, que como muitos outros pintores do Renascimento criou afrescos a partir de efígies e de moedas, não observando diretamente do natural.

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O ser humano procura criar e se utilizar de sua capacidade inventiva e sedimenta este conhecimento através do mundo das imagens. Tendo como base o mais antigo tipo de arte, a pintura rupestre, percebe-se que sempre foi uma preocupação do homem imortalizar a sua memória por meio de imagens.

O estudo da lembrança sempre encantou diversos estudiosos, e a professora Maria do Céu Diel é uma delas. Em sua pesquisa, intitulada “A Arte da Memória”, ela estuda a memória no sentido imaginal da palavra, como pertencente à retórica; e se relacionando com a produção de imagens, sejam pinturas, afrescos, fotografia, gravura e cinema.

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Durante sua viagem à Itália para estudos pós doutorais, Maria se dedicou ao pintor Andrea Mantegna, observando sua prática em criar composições em afrescos a partir de efígies e medalhas. A partir dessa observação, Maria do Céu estudou o que chama de “mito de origem”, para discutir qual a verdadeira gênese das imagens. Esse mistério acerca dos reais primórdios aparece também em outras formas de arte, como a literatura, onde o conceito recebe o nome de mimese.

O foco de Maria do Céu é a imagem e o que ela representa. Citando o cineasta Pier Paolo Pasolini, quando ele disse que “toda escolha estética é também uma escolha política”, Maria do Céu aborda a imagem como peça chave na história da humanidade. Em uma de suas entrevistas, cujo link se encontra ao final do texto, aparece uma discussão acerca da importância da imagem para os poderes, sejam laicos ou religiosos. E ela fecha a mesma entrevista com uma indagação forte: “Ultimamente, quando vamos a uma exposição, o que nos comove? Alquimicamente, o que nos transforma, em uma exposição?”. O controle das imagens no ocidente, ou seja, seu serviço aos poderes, suas cópias, transformações e modificações são o cerne de uma pesquisa que abriga a memória, a retórica, a iconografia e a filologia.

Links com informações correlatas:

Entrevista com Maria Diel: http://pt.scribd.com/doc/79147391/Entrevista-Maria-do-Ceu-Diel-de-Oliveira#scribd

Artigos acadêmicos frutos da pesquisa: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.057/503

Catálogo com obras em retrospectiva: http://issuu.com/mariadoceu/docs/042_entremundos00

Matéria sobre Maria Diel no site da UNICAMP: http://www.iar.unicamp.br/galeria/galerianamidia/2000/MariaDoCeu-cp_28_11_2000.jpg 

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Pílula do Conhecimento - Maria do Céu Diel

Vídeo com a pesquisadora Maria do Céu Diel sobre o projeto "A Arte da Memória".

- Ficha técnica

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