Reintegrando cursos d’água
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Imagem da Alternativa 2 proposta para o trecho "Reitoria" - Adriana Sales Cardoso e Foca Lisboa
Autor(es): Adriana Sales Cardoso
Resumo: Diversos países têm apostado em alternativas de restauração de cursos d’água e sua integração na paisagem. Este tipo de intervenção envolve planejamentos mais abrangentes e prospectivos. A pesquisadora Adriana Sales Cardoso (http://lattes.cnpq.br/1153794999041912) propõe em sua tese uma metodologia de planejamento das ações que impactam direta ou indiretamente cursos d’água em áreas urbanas, envolvendo fatores ambientais, urbanísticos, legais, tecnológicos, econômicos e sociais.
Saiba mais:
A construção civil urbana enfrenta uma série de obstáculos na realização de seus empreendimentos. Um dos principais desafios é a construção de prédios e vias em locais com presença de cursos d’água. Problemas estruturais, impactos nos sistemas de escoamento e possibilidade de inundação são somente alguns exemplos das variáveis que devem ser consideradas ao longo do processo. Assim, para facilitar planejamentos e ações, a maioria dos projetos opta por desviar os cursos, geralmente através de canalizações subterrâneas.
Mas nem sempre este procedimento é a estratégia mais favorável ao meio ambiente. Em longo prazo, aumentos nos níveis de água podem causar enchentes e prejudicar as construções sobre a área da canalização. Assim, diversos países têm apostado em alternativas de restauração de cursos d’água e sua integração na paisagem. Este tipo de intervenção envolve planejamentos mais abrangentes, prospectivos, assim como a consideração de outros aspectos, como questões econômicas e estéticas.
A doutora Adriana Cardoso propõe em sua tese uma metodologia de planejamento das ações que impactam direta ou indiretamente cursos d’água em áreas urbanas. Ela busca combinar diversas possibilidades de ação, avaliá-las e compará-las para orientar a melhor alternativa possível. Para tanto, são considerados fatores ambientais, urbanísticos, legais, tecnológicos, econômicos e sociais. Sua metodologia foi testada na análise do caso do córrego Engenho Nogueira. Com cerca de 75% da sua extensão canalizado, as águas desse córrego correm na região da Pampulha, inclusive sob a área ocupada pela UFMG.
A análise ambiental foi acompanhada de pesquisas de opinião com a comunidade acadêmica do campus da universidade. Os dados obtidos sinalizaram as vantagens da incorporação do córrego Engenho Nogueira como elementos da paisagem do campus. Isto pressupõe uma readequação do sistema de drenagem, fazendo com que o escoamento seja novamente superficial. Neste caso, foram estudadas várias alternativas para três trechos dentro da área de estudo, buscando integrar o córrego como elemento paisagístico e como área de lazer e descanso.
Links com informações correlatas:
Matéria sobre projetos de contenção de enchentes da UFMG
https://www.ufmg.br/online/arquivos/017899.shtml
Matéria sobre projetos de descanalização de rios
Matéria sobre o projeto
Pílula do Conhecimento - Adriana Sales Cardoso
Vídeo com a pesquisadora Adriana Sales Cardoso sobre o projeto "Reintegrado Cursos D'água"