Pinça Óptica e Parasitas
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Leishmania em pinça óptica - 1
Autor(es): Ubirajara Agero Batista
Resumo: Ubirajara Agero Batista possui graduação, mestrado e doutorado em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-doutorado pela Indiana University - USA (2008). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Física de Sistemas Biológicos, atuando principalmente nos seguintes temas: microscopia de desfocalização, fagocitose, macrófagos e desenvolvimento.
Saiba mais:
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Ele é encontrado facilmente na natureza e pode contaminar mamíferos e pássaros. A infecção no ser humano não causa sintomas, pois nossas defesas imunológicas são capazes de deixar esse parasita no corpo sem causar nenhum dano. Porém, quando a pessoa tem defesas imunológicas diminuídas por qualquer razão (por exemplo, a AIDS), os sintomas e a doença podem se manifestar. Quando atinge mulheres grávidas, a doença pode ser muito perigosa, podendo prejudicar o feto durante sua formação. O nosso sistema combate o parasita por meio da fagocitose: os macrófagos, células de grandes dimensões do tecido conjuntivo, conseguem “ingerir” o parasita e matá-lo por meio de processos internos.
Com a pinça óptica é possível prender o protozoário em um microscópio, o que facilita os processos de interação entre o parasita e a célula. A pinça funciona também como um sensor de força, possibilitando medir a interação entre moléculas de DNA e proteínas, por exemplo.
No Laboratório de Física de Sistemas Biológicos do Departamento de Física da UFMG, o professor Ubirajara Agero desenvolve pesquisas com o auxílio da pinça óptica. Uma delas ocorre quando a pinça prende uma leishmania. Pode-se mover esse sistema e levar células até o parasita para observar como o processo de invasão ou ataque da leishmania ocorre. Como exemplo desse processo, existe a entrada ativa de um toxoplasma em um macrófago. Quando o parasita consegue entrar ativamente, o macrófago não consegue usar seus processos internos para matá-lo. Quando isso ocorre, o toxoplasma pode se reproduzir, utilizando os recursos da própria célula, “estourando-a” depois e saindo para infectar outras células.
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