Substâncias inibem ação de fungo causador de micose
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Morfologia macroscópica do fungo P. brasiliensis à 37°C
Autor(es): Rosana de Carvalho Cruz
Resumo: No Brasil, a paracoccidioidomicose (PCM), é a principal causa de mortes dentre as micoses que afetam o organismo humano como um todo. A faixa etária mais atingida por essa doença é entre 30 e 50 anos, sendo que a maioria dos casos ocorre no sexo masculino. Em sua pesquisa de doutorado, a pesquisadora Rosana de Carvalho Cruz estudou substâncias capazes de combater o fungo Paracoccidioides brasiliensis causador da PCM.
Saiba mais:
Micoses são todas e quaisquer lesões causadas por fungos. No Brasil, a paracoccidioidomicose (PCM) é a principal doença causadora de morte entre as micoses sistêmicas, isto é, aquelas micoses que afetam o organismo como um todo. A paracoccidioidomicose produz diferentes sintomas de acordo com a forma na qual se manifesta. Quando se manifesta em adultos, a forma clínica predominante é chamada de crônica; quando se manifesta em crianças ou adolescentes apresenta-se na forma aguda ou subaguda.
A forma crônica da PCM compromete principalmente os pulmões, causando sintomas semelhantes à tuberculose. Também causa lesões na pele, nas mucosas (oral, nasal, do sistema digestório) e pode se disseminar e contaminar outros órgãos, além do pulmão. A forma aguda ou subaguda compromete o sistema fagocítico-mononuclear (um dos sistemas mais importantes para defesa do organismo) e leva também à disfunção da medula óssea. A forma aguda, no entanto, é rara.
A infecção se dá através da inalação dos esporos (células) do fungo (na forma filamentosa) existentes no solo, normalmente em meio rural. No interior dos pulmões, os esporos se modificam para a forma de levedura, a causadora da PCM.
A faixa etária na qual há maior ocorrência da doença é entre 30 e 50 anos de idade. A maioria dos casos ocorre no sexo masculino porque o hormônio feminino 17-B-estradiol impede que o fungo atinja a forma de levedura, que é a forma causadora da paracoccidioidomicose.
A doutora em Microbiologia da UFMG, Rosana Cruz, estudou substâncias antimicrobianas capazes de combater o fungo Paracoccidioides brasiliensis e as concentrações mínimas necessárias para destruir as células do fungo causador dessa doença e, consequentemente, tratar a paracoccidioidomicose. Os antimicrobianos estudados foram: anfotericina B, terbinafina, cetoconazol, itraconazol, fluconazol, sulfametoxazol e a combinação sulfametoxazol-trimetropim.
Links com informações correlatas:
Link sobre a doença. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa51_paracocci.htm
Página do Departamento de Microbiologia. Disponível em: www.icb.ufmg.br/mic/mic/
Pílula do Conhecimento - Dra. Rosana de Carvalho Cruz
Vídeo com a pesquisadora Rosana de Carvalho Cruz sobre a pesquisa "Estudo de substâncias capazes de matar o fungo Paracoccidioides brasiliensis"