Efeitos cardíacos produzidos por alterações hormonais em ratas diabéticas

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Delineamento experimental

Autor(es): Nívia Santiago

Resumo: A pesquisadora Nívia Santiago possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005) e mestrado (2008) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Fisiologia e Farmacologia, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB)/UFMG. Em 2013, finalizou o doutorado no mesmo programa. Sua área de atuação é Fisiologia cardiovascular e metabólica, com ênfase no papel do estrógeno sobre os efeitos cardíacos nocivos do diabetes.

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Cercada de mitos, a menopausa ainda é um assunto delicado para a maioria das mulheres. Uma série de informações circula na mídia e na cultura popular, mas sua aparente diversidade esconde conflitos que tornam muito difícil a distinção entre o que é verdadeiro e o que não é. 

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Uma questão sempre abordada é a relação entre esse período e o desenvolvimento de doenças cardíacas. Infelizmente, uma variedade de dados e estatísticas parece apontar que essa questão está muito além de mitos infundados. Mas o que poderia justificar isso? Pesquisas recentes têm mostrado que o estrógeno apresenta um efeito regulatório e protetor sobre o sistema cardiovascular. Como a produção desse hormônio é drasticamente reduzida após a menopausa, a mulher passa a ter um grande aumento na incidência de doenças cardiovasculares.

Mas a menopausa não é o único fator de risco para as doenças cardíacas. O diabetes, por exemplo, também produz resultados negativos nesse sentido. Assim, mulheres diabéticas em fase pós-menopausa precisam de atenção redobrada em relação ao monitoramento de doenças cardíacas. Além disso, não existem medicamentos específicos para essa condição, pois, embora existam muitos estudos sobre essas duas situações, esse cenário no qual elas aparecem combinadas é raramente investigado. Para melhor compreender essa situação, a pesquisadora Nívia Santiago realiza estudos que simulam as condições experimentadas por mulheres diabéticas no período da menopausa.

Para isso, são estudadas e monitoradas ratas submetidas a processos de indução de diabetes e procedimentos cirúrgicos de retirada dos ovários - o que causa a interrupção da produção de estrógeno. Foi observado, assim, que elas passaram a ter um aumento na pressão arterial, além de um preocupante aumento da deposição de colágeno no tecido cardíaco. Diante desse quadro, as ratas foram tratadas com um ligante do receptor de estrógeno, cujos efeitos restauradores foram extremamente significativos. Essa descoberta comprovou o efeito protetor do estrógeno sobre o sistema cardiovascular. Além disso, a comprovação da eficácia da ação do receptor de estrógeno sinaliza a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos específicos para doenças cardíacas produzidas no quadro de diabetes e pós-menopausa.

Links com informações correlatas:

Estudo com ratas diabéticas investiga função cardioprotetora do estrógeno 

https://www.ufmg.br/online/arquivos/027567.shtml

Doenças relacionadas a Menopausa

http://www.globalevoce.com.br/doencas-relacionadas-a-menopausa

Diabetes e Doenças Cardiovasculares

http://www.sistemacardiovascular.com/artigos/doencas-cardiovasculares/diabetes-e-doencas-cardiovasculares/

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Pílula do Conhecimento - Nívia Santiago

Vídeo com a pesquisadora Nívia Santiago sobre sua pesquisa "Efeitos cardíacos produzidos por alterações hormonais em ratas diabéticas". 

- Ficha técnica

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