Fígado: excesso de uso do Paracetamol
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Recrutamento de neutrófilos para o fígado necrótico
Autor(es): Pedro Elias Marques
Resumo: O trabalho realizado pelo pesquisador Pedro Elias Marques Pereira Silva (http://lattes.cnpq.br/1428774065101604) buscou investigar os mecanismos que envolvem lesões no fígado que não são causadas por vírus ou bactérias. O foco da investigação da pesquisa foram lesões no fígado provocadas pelo uso excessivo do Paracetamol.
Saiba mais:
O fígado, maior glândula do corpo humano, pesa cerca de 1,5 quilo e se localiza no lado direito do organismo. É um órgão indispensável à vida, pois executa inúmeras funções, dentre elas: a filtragem de bactérias, o armazenamento de nutrientes, a produção de proteínas importantes e a desintoxicação do organismo.
Devido à sua importância, doenças que atingem este órgão e, frequentemente levam à morte do indivíduo, são de grande interesse médico. Vários agentes podem causar problemas no fígado como, por exemplo, fatores internos, como respostas do sistema de defesa do organismo a uma situação de desequilíbrio. E fatores externos, dentre eles a presença de vírus e o abuso no uso de drogas, como álcool e medicamentos.
Um destes medicamentos é o Paracetamol, um analgésico de fácil acesso que pode causar lesão hepática (no fígado) quando ingerido em altas doses. Se o dano for muito extenso ou identificado tarde demais, a única opção para garantir a sobrevivência do indivíduo será o transplante hepático de emergência. Este procedimento, além de ser muito caro, é de grande risco. Por isso, existe a necessidade de criação de novos medicamentos para combater a lesão hepática causada por drogas, medicamentos e/ou outros fatores.
O trabalho desenvolvido por Pedro Elias Marques Pereira da Silva, aluno do programa de Pós-Graduação em Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, buscou investigar os mecanismos que envolvem a lesão no fígado causada pelo uso excessivo do Paracetamol.
Quando utilizado em altas doses, o Paracetamol promove a destruição das células do fígado. Esta situação se agrava, pois quando tais células morrem, são liberadas suas mitocôndrias (estruturas presentes no interior da célula). Essas estruturas são reconhecidas como invasoras pelo sistema de defesa do organismo. Com isso, há a liberação de células de defesa, os neutrófilos, que após sua chegada ao fígado, aumentam o dano hepático.
A pesquisa desenvolvida procurou reduzir o dano hepático através da inibição da chegada e ativação de neutrófilos no fígado doente, oferecendo assim, uma chance do fígado se regenerar.
Links com informações correlatas:
Esperança para Prometeu – Fonte: Boletim UFMG
http://www.ufmg.br/boletim/bol1773/5.shtml
Seis Remédios Aparentemente Inofensivos que Podem Destruir Você
Pílula do conhecimento - Pedro Elias Marques
Vídeo com o pesquisador Pedro Elias Marques sobre o projeto "O uso do paracetamol em pessoas com doenças hepáticas".