Papel da enzima 5-lipoxigenase na infecção pulmonar experimental induzida pelo fungo patogênico Paracoccidioides brasiliensis

São as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, especialmente nas zonas rurais, que ocorrem as maiores incidências da doença causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, conhecida como paracoccidioidomicose (PCM). A infecção ocorre, principalmente, em atividades relacionadas ao manejo do solo contaminado pelo fungo, como atividades agrícolas, terraplanagem, preparo do solo, jardinagem, entre outras.

A contaminação se dá através da inalação de partículas infectantes dispersas no solo e na poeira. A doença afeta vários órgãos, mas os principais deles são os pulmões.

Patrícia Campi, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, estuda os resultados da infecção desse fungo nos homens. O modelo experimental de estudo é a infecção produzida no pulmão do camundongo, a fim de se pesquisar o papel da enzima 5-LO e da molécula sinalizadora SOCS-2 na produção da lipoxina, um anti-inflamatório produzido pelo corpo humano.

O fungo apresenta uma forma filamentosa (aparência de bolor) à temperatura ambiente (25ºC). No interior do corpo humano, a 37ºC, o fungo apresenta a forma de levedura (aparência cerebriforme), que é a forma na qual o fungo causa a doença paracoccidioidomicose.

A importância de se estudar essa doença é que, além de causar comprometimento pulmonar, sintomas de tosse, febre e falta de ar, ao se disseminar para outras partes do corpo, ela também causa úlceras vermelhas na pele, nas mucosas e vísceras. Porém, quando não diagnosticada, a doença passa para um estágio mais avançado, danificando também o aparelho digestivo, o sistema nervoso e o ósseo, podendo algumas vezes ser fatal. 

Link com informações correlatas:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1662