Diversidade genética bovina
- Página inicial
- Áreas
- Ciências Agrárias
- Diversidade genética bovina
Árvore filogenética representando as nove raças bovinas
Autor(es): Eduardo Geraldo Alves Coelho
Resumo: Eduardo Geraldo Alves Coelho é responsável técnico pelo Laboratório de Genética da Escola de Veterinária da UFMG e estuda a genética de bovinos. Utilizando-se de 11 sequências específicas de DNA, o pesquisador realiza testes de paternidade bovinos e mapeamentos genéticos, além de analisar as relações e a variabilidade genética entre raças
Saiba mais:
Uma das atividades mais antigas do mundo, a pecuária ou criação de gado antecedeu a agricultura. Estima-se que sua prática tenha começado no período Neolítico (Idade da Pedra Polida) há cerca de 10 mil anos atrás, quando o homem percebeu que seria útil domesticar animais para a obtenção de carne (gado de corte) e leite (gado leiteiro). O termo criação de gado, ao contrário do que muita gente pensa, não envolve apenas a criação de bovinos, mas também de diversas outras espécies animais como cavalo, porco, galinha, entre outros.
A palavra latina “Pecus”, que deu origem ao termo pecuária, além de significar “cabeça de gado”, também está ligada à palavra pecúnia que, nos dias de hoje, significa dinheiro, riqueza, valores. Tal ligação advém do fato de que na Roma Antiga o gado era utilizado também como reserva de valor, ou seja, uma pessoa que possuísse várias cabeças de gado seria considerada rica e poderosa, assim como quem tivesse enormes montantes de moedas de ouro e de pedras preciosas.
No Brasil, a pecuária teve início na primeira metade do século XVI, com o estabelecimento dos primeiros engenhos de açúcar. Hoje, o país se destaca dentre os maiores criadores de gado bovino do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças em todo seu território. E é o boi que tanto nacional quanto internacionalmente se mostra como o carro-chefe da produção de carne industrial.
Com a crescente preocupação em selecionar e preservar raças e características hereditárias das populações bovinas, foram criadas técnicas para a análise genética destes animais. Uma delas é a estudada pelo pesquisador Eduardo Geraldo Alves Coelho no Laboratório de Genética da Escola de Veterinária da UFMG, sob a coordenação da professora Denise Aparecida Andrade de Oliveira. Com a utilização de 11 sequências específicas do DNA bovino, chamadas de microssatélites, é possível marcar trechos do DNA e assim reconhecê-los posteriormente em outras amostras diferentes. Desta forma, o pesquisador consegue realizar testes de paternidade bovino, fazer seu mapeamento genético, analisar relações genéticas entre raças e verificar a variabilidade genética entre elas ou dentro delas. As nove raças estudadas foram: Brahman, Gir, Guzerá, Girolando, Holandês, Jersey, Nelore, Tabapuã e Semental.
Links com informações correlatas:
Laboratórios – Site da Escola de Veterinária da UFMG:
http://www.vet.ufmg.br/departamentos/laboratorios/5_20110209153358_40/
Pecuária Brasileira – Site Brasil Escola:
http://www.brasilescola.com/brasil/pecuaria.htm
Dia Nacional da Pecuária – Portal São Francisco:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/outubro/dia-nacional-da-pecuaria.php
Principais Raças Bovinas – Site TEM TUDU:
Pílula do Conhecimento - Eduardo Coelho
Vídeo com o pesquisador Eduardo Geraldo Alves Coelho sobre o projeto "Determinação da diversidade genética entre novas raças bovinas no Brasil utilizando 11 microssatélites"